Powered By Blogger

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Não havia nenhum Leão sentado na pedra

Então demos as mãos
Fizemos jus aos ditados
Corremos riscos
Brincamos no campo
Com a carne louca

E ela se prendeu
Aos dedos
Aos laços mantidos
Sedo ou tarde
Haveria de não ser

E nem se escrevesse
Um romance
Ou o roteiro

De um filme:

Não havia nenhum Leão sentado na pedra
Nem figura de linguagem
E eu, como um educador
Fora do seu tempo
Tentaria lhe descrever
O insustentável
Enquanto que você riria
Dizendo:
Esse “cara” tá maluco.

O real
Bate em minha cara
Com luva de pelica
No culto oculto fica
Quase lambe, suga, beija
Cegamente na noite, no paraíso
Não perdoa torpe
O corpo, o outro
O mix, a mistura
A saída pra envergadura perfeita

Viram?

Viram um sol por aí?
Um céu de abril
A resplandecer
A luzir?
Ante a admiração
Dos que passam?Um lar, aqui
Neste endereço vão
Um céu então,
Nuvem, um raio claro?

Substrato

O trato
Da canção
Que trato
Das interferências
Entre as interdependências
Tão salutares
Que agora jazem
No vazio



Ao longe
Onde ao lounge
Onde na fonte
Se não nascida
Nem na ida
Nem na volta
Distante, antes
Depois de tudo
Nalgum lugar

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

D ´ ARTE

A não arte
A balada que reparte
A dança e a bailarina
A dançar-te
Arte.
Obscura hora
Que antecede o ato
A aurora, a outra hora
Musorvalhada
No nada
Ante a catedral desmoronada
Na gótica sacada
Do pós guerra
Das horas
A mais enlutada
À parte
A bailarina banida
A balada que reparte
A despertar-te
Arte!

VAMOS?

JUNTAR NOSSOS CORPOS
NOSSOS COPOS, NOSSAS BOCAS
NO JARDIM?
MAIS JUNTAR NOSSOS OLHOS
NOSSOS ÓCULOS
NOSSOS PLANOS
AFINS?
VAMOS JUNTAR NOSSA CAMA
NOSSAS CHAMAS
NOSSO ÓBVIO
MAIS JUNTAR NOSSOS PLANOS
NJOSSOS DANOS
NOSSO ROUCO TUDO
NOSSO SILÊNCIO MUDO
NOSSO AMOR?

O PRISIONEIRO

AS VEZES
PARO EU A PENSAR
SE NÃO SOU UMA PESSOA LOUCA
COM OS BRAÇOS AMARRADOS
E OS LÁBIOS AMORDAÇADOS
IMAGINANDO A SUA VOLTA
PESSOAS, PERSONAGENS,
HISTÓRIAS, EMOÇÕES
ALGUMA CENA DE TEATRO
VIDA REAL
ENTÃO QUE SEJA,
PARO EU A PENSAR:
IMENSO MAR, A VIDA
DE CONTINENTES , PLANOS, PLANETAS
PERSONAS E SUAS HISTÓRIAS
POVOS, GENTES
E SUAS TANGENTES
SUAS DEFESAS.
AMORDAÇADO
AMARRADO À MESA
EU E MINHAS INQUIETAÇÕES
BASTOU UMA EXPLOSÃO
E TANTAS PRISÕES
PRISIONEIRO EU.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A TUA LUZ IMPERFEITA AQUELA LUZ DA MANHÃ QUE AO LADO MEU LADO SE DEITA E DIZ: O BABY SOU O TEU FÃ FIQUE COMIGO Ó BABY ATÉ AMANHÃ DE MANHÃ E ACEITE OS

BEIJOS DESSE QUE É O SEU FÃ

O PRISIONEIRO

AS VEZES
PARO EU A PENSAR
SE NÃO SOU UMA PESSOA LOUCA
COM OS BRAÇOS AMARRADOS
E OS LÁBIOS AMORDAÇADOS
IMAGINANDO A SUA VOLTA
PESSOAS, PERSONAGENS,
HISTÓRIAS, EMOÇÕES
ALGUMA CENA DE TEATRO
VIDA REAL
ENTÃO QUE SEJA,
PARO EU A PENSAR:
IMENSO MAR, A VIDA
DE CONTINENTES , PLANOS, PLANETAS
PERSONAS E SUAS HISTÓRIAS
POVOS, GENTES
E SUAS TANGENTES
SUAS DEFESAS.
AMORDAÇADO
AMARRADO À MESA
EU E MINHAS INQUIETAÇÕES
BASTOU UMA EXPLOSÃO
E TANTAS PRISÕES
PRISIONEIRO EU.

AAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!

ECOA
O RESTO
DE SÍLABA
NA TOCA
NO CANAL
HORA ABERTO
ENTRE AUTOR
E OUVINTE
AAAHHHH!
SILÊNCIO CLARO
ME DESCUBRA
ALI
AMORDAÇADA
Intocada idéia
Panfleto,
Folheto,
Planilha,
Palavra,
fio de meada
Entendimento
Incompreensão
Prisão
Silêncio.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CADERNO

TAÍ O MEU CADERNO
SOBRE A CÔMODA
ME ESPERANDO
TAÍ A VÍRGULA
A PAUSA
O SOM DA MINHA VOZ
TAÍ O QUE ESCREVO
NO CADERNO QUE REPOUSA
LARGADÃO
TOMANDO DA LUMINÁRIA
UM BANHO DE LUZ
QUE FAZ JUZ
AO SEU BRONZEAMENTO
DE CLARO CADERNO
ONDE ME REVELO
EM IDÉIAS.

NA MINHA FRENTE
ENTRE, ENTRE
UMA PALAVRA
QUERENDO TE DESCREVER
CORPO NA JANELA
ELA!
UM SEIO RARO
QUE BEIJO
UMA BOCA ABERTA
QUERENDO ME DEVORAR

IRONIA

IRONIA

O Mundo sepulta seus mortos
Todos os dias,
Uns dias mais
184840593-390478546584749473937839392330!

Noutros, um pouco menos.
Há violência nas regiões em conflito,
Sul do Paquistão e pra rimar
Egito.
Ah! Meu Deus, até quando?
Morrer, tudo bem,
Não temos texto para contestar
Argumentar contra esta, das verdades,
Única.
Não temos escolha
Mas é que entre o jantar posto,
O jornal
E as notícias que nos chegam
A morte por ideologia
Assola o planeta
E se fica um pouco impotente
E ironicamente fartado.

O AMOR

O AMOR
ENTÃO
ME FOI CANASTRÃO
SEM A MENOR GRAÇA
DESGRAÇA
ME DISSE ADEUS
NUMA ESQUINA QUALQUER DA VIDA
DE PRONTO
NADA ENTENDI
QUIS MORRER NA HORA
E NÃO MORRI
MAS SENTI
COMO PISOTEADO
AMASSADO
TRITURADO
O SENTIMENTO DO AMADO
DO QUERER
SER AMADO
DO CANASTRÃO AMOR
QUE ME PEGOU
E QUE A SEGUIR
SEM CERIMONIA
ME JOGOU
NUM CANTO
E DOSOLADO