tempo
Sigamos
esse tempo que nos leva
navegando
entre palácios e presídios
Sóis e
escuridão
sigamos
sentindo tudo então
a
palavra de amigo gentilmente cedida
um pedaço
de chocolate, um beijo
em qualquer parte do corpo
e eu
outro escrevo seguindo o tempo
sigamos
o tempo.
tento
Nenhum
conceito além da conta
Nenhum
poema a escrever
Ver
diverso ver
Além da
conta
Além do
ler
Tempo II
respeito
todas as religiões
todos os
céus eleitos
afetos e
efeitos
todos os
sexos
aporto a
porta
do que
não tem porta
esmiúço
a hora
a
palavra
a
engrenagem dela
chego
onde nem
se vê
gente,
toda
coisa que pensa
e se
coisa não é
diria
até
no bem
mesmo
que este
bem
seja de você
que é
esse alguém
sem nome
complexo
do ausente
chamado
leitor
interventor
venha
leitor
pra quem
escrevo
página a página
passeia
por si
no que
se encontra além do ser
sejamos
elásticos, plásticos
poliedros
camerísticos
sejamos
alem conta ser
paraísos
O
paraíso tá por aqui
Em mim,
em ti
No silencio
que nos ronda
Como
Chaplin roda
Na cena quando
canta e dança
em
tempos modernos
enquanto a orquestra abre
um paraíso de delícias
e me
embriaga
o som
paraíso 2
sonoras
sonâmbula
no a van gard
um outro
ausente se não
quem
entrou na linha?
O
paraíso a dois tá por aqui
complexo
do ausente
entre
ele, eu e você
tementes
que ouvem na noite
discursos
previstos
pela
métrica do que escrever ao respirar
paraíso ainda
Pertinho
de mim, pertinho de ti
Entre os
anjos molhados
que correm
no riacho que corre...escorre.
Não
dança mas se abrem como quem
Chove sobre pedras
Que
escorre
Em nós
dos anjos decaídos
Sendo
outro nós
Outra
circunstancia
Sendo
outra circunstancia
De nós
complexo
do ausente
tocaí
Que
acordes
Quando
hibernas
No verão
frio
No the
end de mim
II
Olha
aquela
flor ali
Que se
parece com você sem nome
Ela a
flor, que hora canto
Que tem
alguma coisa dela
Verdade
nem que seja de mentira.
Mas seja
teu ateu
Teu sem
etnias
Só
mentiras,
Principalmente
do amor
Ateu ao
atado
Atirado
ao abismo do
verso livre da palavra manca
vejo
vulto voando
o trem
passando como eu pelo tempo
das
circunstancias
amor
amor
amor
amor
amor
amor
amor
ardendo
o tempo
Indo
Hora
vendo
Ora
crendo
Hora
vindo
hora
indo
Indo
Pra onde
nem se extinto
III
Sinto tua pele
Deslizando
na geometria
Num sono
que se amplia
Num
plano que se inicia
Querendo
desejando
Navegar
náguas fundas
Da
simetria
De ti
IV
Além um cinema
de
vindas
Consola-me
amar
Oxigena-me
querer
Desejar
Sua pele
Sua
simplicidade
Talvez
por isso eu escreveria
Um poema
de amor
Um longo
poema...
Daqueles
que adentram páginas e páginas
De
mentiras
De amor
Amor
Amor
Amor
Amor
Amor
Amor
Ardendo
tempo intenso