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sábado, 6 de julho de 2013

Trecho não revisado do livro: Poemas Ensopados de Mentiras (ainda na gaveta)


 

tempo

 

Sigamos esse tempo que nos leva

navegando entre palácios e presídios

Sóis e escuridão

sigamos sentindo tudo então

a palavra de amigo gentilmente cedida

um pedaço de chocolate, um beijo

 em qualquer parte do corpo

e eu outro escrevo seguindo o tempo

sigamos o tempo.

 

tento

 

Nenhum conceito além da conta

Nenhum poema a escrever

Ver diverso ver

Além da conta

Além do ler


 

Tempo II

 

respeito todas as religiões

todos os céus eleitos

afetos e efeitos

todos os sexos

aporto a porta

do que não tem porta

esmiúço a hora

a palavra

a engrenagem dela

 

 

chego

 

onde nem se vê

gente,

toda coisa que pensa

e se coisa não é

diria até

no bem mesmo

que este bem

 seja de você

que é esse alguém

sem nome

complexo do ausente

chamado leitor

interventor

venha

 


leitor

 

pra quem escrevo

 página a página

passeia por si

no que se encontra além do ser

sejamos elásticos, plásticos

poliedros  camerísticos

sejamos alem conta ser

 

 

paraísos

 

O paraíso tá por aqui

Em mim, em ti

No silencio que nos ronda

Como Chaplin roda

Na cena quando canta e dança

em tempos modernos

 enquanto a orquestra abre

 um paraíso de delícias

e me embriaga

o som

 


 

paraíso 2

 

sonoras

sonâmbula no a van gard

um outro ausente se não

quem entrou na linha?

O paraíso a dois  tá por aqui

complexo do ausente

entre ele, eu e você

tementes que ouvem na noite

discursos previstos

pela métrica do que escrever ao respirar

 

 

paraíso ainda

 

Pertinho de mim, pertinho de ti

Entre os anjos molhados

que correm no riacho que corre...escorre.

Não dança mas se abrem como quem

 Chove sobre pedras

Que escorre

Em nós dos anjos decaídos

Sendo outro nós

Outra circunstancia

Sendo outra circunstancia

De nós

complexo do ausente

 

 

 

 

tocaí

 

Que acordes

Quando hibernas

No verão frio

No the end de mim

 
 

II

 

 

Olha

aquela flor ali

Que se parece com você sem nome

Ela a flor, que hora canto

Que tem alguma coisa dela

Verdade nem que seja de mentira.

 

Mas seja teu ateu

Teu sem etnias

Só mentiras,

Principalmente do amor

 

Ateu ao atado

Atirado ao abismo do

 verso livre da palavra manca

 

vejo vulto voando

o trem passando como eu pelo tempo

das circunstancias

 

 

 

 

amor

 

amor

amor

amor

amor

amor

amor

ardendo o tempo

 

 

Indo

 

Hora vendo

Ora crendo

Hora vindo

hora indo

Indo

Pra onde nem se extinto

 

 



 

III

 

Sinto tua pele

 

Deslizando na geometria

Num sono que se amplia

Num plano que se inicia

Querendo desejando

Navegar náguas fundas

Da simetria

De ti

 

 

 

 

IV

 

Além um cinema

de vindas

Consola-me amar

Oxigena-me querer

Desejar

Sua pele

Sua simplicidade

Talvez por isso eu escreveria

Um poema de amor

Um longo poema...

Daqueles que adentram páginas e páginas

De mentiras

 

 
 

De amor

 

Amor

Amor

Amor

Amor

Amor

Amor

Ardendo tempo intenso