Temia eu um dia
Ter o sentimento
Que agora em meu peito
Se instaura
Me sinto
Aos pedaços no Cairo
Balança enferrujada das horas
Pêndulo entumecido e estático
De Faucout
Temia eu essa instancia
De verbos no nada
De versos sem sentido
Do nada acontecido
E não mais uma dupla em ação
Ulisses vai para o Norte
Homero noutra direção
Quem me faltem as forças
Que ceguem-me os olhos a luz
Que eu fique em silêncio
No maior dos retiros
Pois estou sem rumo
Perdido na Abey Road.
Eu que vivi durante décadas
A beira do lago azul em Cantervill,
Hoje no deserto sem nome
Vejo fantasmas ao redor
E penso fugir de tudo
E de todos, talvez uma saída
Pro Alabama Grill.
Neste blog reuno poesias que escrevi ao longo de alguns anos bem como novos textos que irão surgindo na caminhada.
quarta-feira, 30 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
I like I do
sou anderground
neandertal que ouve e vê
alem do plano, num oceano
a nota da palavra.
por outro lado...
Que venham elas
a mesma nota dó
desse por convencido
que o cosmo será visível
quando lhe aprouver
que venham as songs, seu zé
e as sings:
I like Dilon e Links
e I sing a fink
Vejo...
Do meu retrovisor
visível o arsenal
sensorial no
contrasenso
e crível enquanto
a pena voa
Num lampejo revejo
e num deslize
o disco voador
Um discovoador
enquanto um
dinossauro passeia
no circo da palavra
ou melhor, do som dela.
um dinossauro
passeia no circo
I like I do.
neandertal que ouve e vê
alem do plano, num oceano
a nota da palavra.
por outro lado...
Que venham elas
a mesma nota dó
desse por convencido
que o cosmo será visível
quando lhe aprouver
que venham as songs, seu zé
e as sings:
I like Dilon e Links
e I sing a fink
Vejo...
Do meu retrovisor
visível o arsenal
sensorial no
contrasenso
e crível enquanto
a pena voa
Num lampejo revejo
e num deslize
o disco voador
Um discovoador
enquanto um
dinossauro passeia
no circo da palavra
ou melhor, do som dela.
um dinossauro
passeia no circo
I like I do.
storkterun
A fera suada
Acuada na mata
fruta mamada alada
ao gosto do gás que se exala
na sala na ala
na casa aguada
de chuva
de movie de nada
de Filmatografia
furada na folha da web
encurtada
20.l.011
Acuada na mata
fruta mamada alada
ao gosto do gás que se exala
na sala na ala
na casa aguada
de chuva
de movie de nada
de Filmatografia
furada na folha da web
encurtada
20.l.011
Me chame
Me chame para não fazer nada
Neste fim de semana
Que eu fico contigo
Deitado na grama
Dentro da piscina
Na beira do mar
Em algum lugar do planeta da escrita
Da vida
Me chame para não fazer nada
Que seja restrito
Ao nosso incansável amor
Que mesmo nas horas tão vagas
Eu vago contigo
dentro do nosso amor
Me chame para não fazer nada
Neste fim de semana
Que eu fico contigo
Deitado na grama
Sentindo-me no deserto
Do Atacama
Neste fim de semana
Que eu fico contigo
Deitado na grama
Dentro da piscina
Na beira do mar
Em algum lugar do planeta da escrita
Da vida
Me chame para não fazer nada
Que seja restrito
Ao nosso incansável amor
Que mesmo nas horas tão vagas
Eu vago contigo
dentro do nosso amor
Me chame para não fazer nada
Neste fim de semana
Que eu fico contigo
Deitado na grama
Sentindo-me no deserto
Do Atacama
sexta-feira, 25 de março de 2011
há
um grito
um rito
um riso
e o tempo
há
um fato
uma busca
e um desencontro
tonto
eu sobre as eras
perdido no deserto dela
camelo do acaso
busco e não vejo
perco e desejo
Mas logo ando, caminho, navego
pelo que não sei
e conformado deixo-me levar
por sua tremenda
imprecisão
Há
palavras, dicionários
arpões, vento
e o acaso
e sobre a mesa
a pressa no prato
e novamente
percebes que eu
poeta fingido
nas entrelinhas
declaro meu amor
um rito
um riso
e o tempo
há
um fato
uma busca
e um desencontro
tonto
eu sobre as eras
perdido no deserto dela
camelo do acaso
busco e não vejo
perco e desejo
Mas logo ando, caminho, navego
pelo que não sei
e conformado deixo-me levar
por sua tremenda
imprecisão
Há
palavras, dicionários
arpões, vento
e o acaso
e sobre a mesa
a pressa no prato
e novamente
percebes que eu
poeta fingido
nas entrelinhas
declaro meu amor
OUTRA CANÇÃO
OLHO ENTÃO VOSSOS OLHOS
COM O OLHAR DE QUEM QUER VER
DENTRO, ALÉM DO CENTRO
DO EU DE ALGUÉM
NO ENTANTO FECHAS OS OLHOS
E CHORAS UMA ÚNICA LÁGRIMA
QUE QUER DIZER
TENHA PENA DE MIM TAMBÉM
MAS SENTIMENTOS A PARTE
A TINTA INVADE A TELA
DO QUE CHAMAMOS ARTE
AÇÃO ENTRE CORES E DESEJO
FORMAS E LAMPEJOS
DO PINCEL QUE DESLISA
NO IMPROVISO CAPAZ
DE TRANSFORMAR ALÉM DO MAIS
O DIA, A HORA, O TEMPO
A PALAVRA SOLTA
NO VENTO
E LÁ DE LONGE ALGUÉM
SEM NADA SABER
AMEAÇA SE ENVOLVER
E INETERCEDER
ENTRE A FORÇA E O CHÃO
ONDE VELAS ENTÃO
NOSSO GESTO
NOSSA INTROSPECÇÃO
DO DITAMOS AMOR
O SIMPLESMENTE
SOLIDÃO...
COM O OLHAR DE QUEM QUER VER
DENTRO, ALÉM DO CENTRO
DO EU DE ALGUÉM
NO ENTANTO FECHAS OS OLHOS
E CHORAS UMA ÚNICA LÁGRIMA
QUE QUER DIZER
TENHA PENA DE MIM TAMBÉM
MAS SENTIMENTOS A PARTE
A TINTA INVADE A TELA
DO QUE CHAMAMOS ARTE
AÇÃO ENTRE CORES E DESEJO
FORMAS E LAMPEJOS
DO PINCEL QUE DESLISA
NO IMPROVISO CAPAZ
DE TRANSFORMAR ALÉM DO MAIS
O DIA, A HORA, O TEMPO
A PALAVRA SOLTA
NO VENTO
E LÁ DE LONGE ALGUÉM
SEM NADA SABER
AMEAÇA SE ENVOLVER
E INETERCEDER
ENTRE A FORÇA E O CHÃO
ONDE VELAS ENTÃO
NOSSO GESTO
NOSSA INTROSPECÇÃO
DO DITAMOS AMOR
O SIMPLESMENTE
SOLIDÃO...
CABEÇA
Estava,
Estive
Com o umbigo perfurado
Por um dardo
Vazando ali
Das entranhas
Impurezas e do acaso,
Outro se não um vasto
Alo de cores frias
Escorregadias
Que perturbavam
A noite e o dia, entrelaçados.
Das horas que então...
Me ocorria o fato
De eu ter que despertar
Do pesadelo
Instaurado dentro dela.
E por não vê-lo
Além muro, além fronteira
Razão centro
Da perfuração por dentro
As cores, o torpor
Veio então o esgotamento
E por fim o desfalecimento
Dela,
Cabeça que atormentada dorme no nada.
Estive
Com o umbigo perfurado
Por um dardo
Vazando ali
Das entranhas
Impurezas e do acaso,
Outro se não um vasto
Alo de cores frias
Escorregadias
Que perturbavam
A noite e o dia, entrelaçados.
Das horas que então...
Me ocorria o fato
De eu ter que despertar
Do pesadelo
Instaurado dentro dela.
E por não vê-lo
Além muro, além fronteira
Razão centro
Da perfuração por dentro
As cores, o torpor
Veio então o esgotamento
E por fim o desfalecimento
Dela,
Cabeça que atormentada dorme no nada.
IMPOTENTE
OU NASCER PARA MORRER
É O PAI, NA FAIXA DE GAZA
NA CISJORDÂNIA,
TENDO O FILHO DE POUCA IDADE
ALVEJADO POR UM TIRO
DE METRALHADORA ASSASINA.
CHOQUES ISRAEL-PALESTINOS
MATAM MAIS 19.
PALESTINO BEIJA SUA FILHA DE
18 MESES
SARA, ANTES DE SER ENTERRADA
NABLUS (CISJORDÂNIA)
“NASCER PARA MORRER”
TALVEZ UMA QUESTÃO CULTURAL
ESSE RETRATO DA MORTE
QUE HORA SE APRESENTA
TALVEZ UMA QUESTÃO DE ETINIA
ESSE QUADRO DE HORROR
DE DOR QUE INVADE NOSSOS OLHOS
EM FORMA DE NOTICIÁRIO.
OS LIVROS DA SABEDORIA HUMANA
DAS CIÊNCIAS HUMANAS, POR ASSIM DIZER,
SERÃO FECHADOS PARA SEMPRE
E A BARBÁRIE VAI IMPERÁ.
ESSA É A REGRA DO JOGO
ENTÃO ESTAMOS ESTRESSADOS
DESESPERANÇOSOS
PRECISAMOS DE FREUD
PRECISAMOS DE NOSSO PAI
PRECISAMOS DE NOSSA MÃE
DELE A MÃO SEGURA
DELA O ÚTERO QUENTE
E NÃO ADIANTA LAMENTAR-SE
IRA CONTIDA, EM VÃO.
QUIETUDE PLENA, ILUSÃO.
TIROS TILINTAM NO JORNAL DA TV
A SOPA LOGO SERÁ SERVIDA
E UM CORAÇÃO DE POETA
ENTRE A TAQUICARDIA DO AMOR
LAMENTA O SOL
QUE ENSISTE EM BRILHAR
SOBRE A POEIRA, O CAOS.
PALESTINOS ARREMESSAM PEDRAS
CONTRA TROPAS ISRAELENSES
NO CONFLITO EM RAMALLAH
ONDE ALGUNS PALESTINOS, ÁRABES
E JUDEUS TOMBAM PELA CAUSA.
HÁ SEMPRE UMA CAUSA.
HÁ SEMPRE UM MOTIVO
NESTE CICLO SEM SENTIDO
NASCER PARA MORRER
OU SERÁ MELHOR
NEM NASCER.
Ah, quem sabe do deserto lunar
Ecoe em vão o som da palavra
Paz..
É O PAI, NA FAIXA DE GAZA
NA CISJORDÂNIA,
TENDO O FILHO DE POUCA IDADE
ALVEJADO POR UM TIRO
DE METRALHADORA ASSASINA.
CHOQUES ISRAEL-PALESTINOS
MATAM MAIS 19.
PALESTINO BEIJA SUA FILHA DE
18 MESES
SARA, ANTES DE SER ENTERRADA
NABLUS (CISJORDÂNIA)
“NASCER PARA MORRER”
TALVEZ UMA QUESTÃO CULTURAL
ESSE RETRATO DA MORTE
QUE HORA SE APRESENTA
TALVEZ UMA QUESTÃO DE ETINIA
ESSE QUADRO DE HORROR
DE DOR QUE INVADE NOSSOS OLHOS
EM FORMA DE NOTICIÁRIO.
OS LIVROS DA SABEDORIA HUMANA
DAS CIÊNCIAS HUMANAS, POR ASSIM DIZER,
SERÃO FECHADOS PARA SEMPRE
E A BARBÁRIE VAI IMPERÁ.
ESSA É A REGRA DO JOGO
ENTÃO ESTAMOS ESTRESSADOS
DESESPERANÇOSOS
PRECISAMOS DE FREUD
PRECISAMOS DE NOSSO PAI
PRECISAMOS DE NOSSA MÃE
DELE A MÃO SEGURA
DELA O ÚTERO QUENTE
E NÃO ADIANTA LAMENTAR-SE
IRA CONTIDA, EM VÃO.
QUIETUDE PLENA, ILUSÃO.
TIROS TILINTAM NO JORNAL DA TV
A SOPA LOGO SERÁ SERVIDA
E UM CORAÇÃO DE POETA
ENTRE A TAQUICARDIA DO AMOR
LAMENTA O SOL
QUE ENSISTE EM BRILHAR
SOBRE A POEIRA, O CAOS.
PALESTINOS ARREMESSAM PEDRAS
CONTRA TROPAS ISRAELENSES
NO CONFLITO EM RAMALLAH
ONDE ALGUNS PALESTINOS, ÁRABES
E JUDEUS TOMBAM PELA CAUSA.
HÁ SEMPRE UMA CAUSA.
HÁ SEMPRE UM MOTIVO
NESTE CICLO SEM SENTIDO
NASCER PARA MORRER
OU SERÁ MELHOR
NEM NASCER.
Ah, quem sabe do deserto lunar
Ecoe em vão o som da palavra
Paz..
Poeta, um clamor.
Hei, poeta!
Dá-me um pouco de tua poética
Sem fios,
Da vertente sonora
Do teu mais complexo buscar
Nas escolas literárias, uma saída
Na musicalidade, um pulsar.
Hei, poeta!
Dá-me um pouco de oxigênio
Pela boca
E dos póros faça-me inflar o pulmão,
Como quem se expressa na pressa
Sentidos sentimentos, ora essa,
Porque não?
E que movem o inanimado
E desperta o distraído
Recompõe dos esquecidos
O furor de uma Nação.
Hei, poeta!
Queres me dizer de uma vez
Uma ou duas palavras
E que na insensata embriaguez
Possa eu mastigá-las
E por acaso e num breve instante
Ora, ora
Ver, das trevas profundas
A mais brilhante aurora.
Hei, poeta!
Ouça bem o que lhe digo
E se escrevo em palavras
Neste endereçamento inexato,
busco contato contigo
Poeta!
Personagem da pura imaginação
De idealização.
Hei, poeta!
Dá-me aquilo que não cessa
Futurologias
Planetas inabitados
Siber conexões
Claves, apoio
Notas musicais
Hei, poeta!
Por que não ouves meu pedido,
Uma vez mais,
Eu leitor aturdido
Carente de rimas quentes
E de métrica tão irregular
Qual ar
Conspirações absurdas
Contradições obtusas
Preleções sem sentido
Hei, poeta!
Atenda ao meu pedido.
Dá-me um pouco de tua poética
Sem fios,
Da vertente sonora
Do teu mais complexo buscar
Nas escolas literárias, uma saída
Na musicalidade, um pulsar.
Hei, poeta!
Dá-me um pouco de oxigênio
Pela boca
E dos póros faça-me inflar o pulmão,
Como quem se expressa na pressa
Sentidos sentimentos, ora essa,
Porque não?
E que movem o inanimado
E desperta o distraído
Recompõe dos esquecidos
O furor de uma Nação.
Hei, poeta!
Queres me dizer de uma vez
Uma ou duas palavras
E que na insensata embriaguez
Possa eu mastigá-las
E por acaso e num breve instante
Ora, ora
Ver, das trevas profundas
A mais brilhante aurora.
Hei, poeta!
Ouça bem o que lhe digo
E se escrevo em palavras
Neste endereçamento inexato,
busco contato contigo
Poeta!
Personagem da pura imaginação
De idealização.
Hei, poeta!
Dá-me aquilo que não cessa
Futurologias
Planetas inabitados
Siber conexões
Claves, apoio
Notas musicais
Hei, poeta!
Por que não ouves meu pedido,
Uma vez mais,
Eu leitor aturdido
Carente de rimas quentes
E de métrica tão irregular
Qual ar
Conspirações absurdas
Contradições obtusas
Preleções sem sentido
Hei, poeta!
Atenda ao meu pedido.
Papel
Caneta; oba!
Agora eu me vingo
E finco nele
Futuras idéias
Qual verdades científicas
que certificam previsões
Conclamadas visões
Grifo, silvo
Na SELVA das formas
Na máfia dos sons
Me perco sem endereço
Pateons das poesias pregressas
Desarticuladas métricas
Moinhos de tintas
Tontas tonalidades
Verdades!!!
Agora eu me vingo
E finco nele
Futuras idéias
Qual verdades científicas
que certificam previsões
Conclamadas visões
Grifo, silvo
Na SELVA das formas
Na máfia dos sons
Me perco sem endereço
Pateons das poesias pregressas
Desarticuladas métricas
Moinhos de tintas
Tontas tonalidades
Verdades!!!
quinta-feira, 17 de março de 2011
UM GOSTO
De palavra na boca.
Um rosto que se instaura na tela
Sois bela, sois bela.
Quero afinal a tarde
Entre gerânios e credos
Solfejas pois, nua no salão vazio.
Mãos atadas ao labor
Decorrem versos e por si, dor
Poeta de profissão
Respira fundo num fulgor
E vaga com a lua pálida lá fora
Nos céus da tarde.
Quer o fogo
E ao mesmo tempo paz
Tanto faz,
Guerras, fogo, acordo
Dança consigo mesmo
A sombra
Deixar estar num avermelhado
Inexplicavelmente belo.
Um rosto que se instaura na tela
Sois bela, sois bela.
Quero afinal a tarde
Entre gerânios e credos
Solfejas pois, nua no salão vazio.
Mãos atadas ao labor
Decorrem versos e por si, dor
Poeta de profissão
Respira fundo num fulgor
E vaga com a lua pálida lá fora
Nos céus da tarde.
Quer o fogo
E ao mesmo tempo paz
Tanto faz,
Guerras, fogo, acordo
Dança consigo mesmo
A sombra
Deixar estar num avermelhado
Inexplicavelmente belo.
QUANDO RECUSAS UM BEIJO
Por simplesmente não querer
Ou por um motivo qualquer,
A sensação de perda do instante
Me toma o peito.
E na dúvida não sei se no beijo
O mais importante no ato fica sendo
O fato da conquista desta boca
Ante a recusa chora meu peito
Quietinho e desprotegido
Tenta me distrair, com a recusa
Um livro que não leio
Enquanto perdido, vejo:
Como num filme imaginário
Concluo um pensamento:
O meu anseio
E por vezes muitas, nele
Te beijo
E na pura imaginação cortejo
E tenho entre os braços
O prometido e desejado
Corpo.
Que agora constato e vejo
Que é meu.
Ou por um motivo qualquer,
A sensação de perda do instante
Me toma o peito.
E na dúvida não sei se no beijo
O mais importante no ato fica sendo
O fato da conquista desta boca
Ante a recusa chora meu peito
Quietinho e desprotegido
Tenta me distrair, com a recusa
Um livro que não leio
Enquanto perdido, vejo:
Como num filme imaginário
Concluo um pensamento:
O meu anseio
E por vezes muitas, nele
Te beijo
E na pura imaginação cortejo
E tenho entre os braços
O prometido e desejado
Corpo.
Que agora constato e vejo
Que é meu.
A PROCURA
Procuro na sala
Tu não estas,
Procuro no quarto
Já passou por aqui.
Na cozinha;
As sobras da mesa denunciam:
Por aqui já passou.
E eu que vim aqui
Para dizer quero-te
E mais uma vez, te quero.
Mas no jardim nem sombra tua
No telhado o gato parado
(na leveza desse momento)
não verbaliza uma idéia de teu paradeiro
nem cá embaixo,
o cãozinho que transita pela casa, arfando
(como quem ladra pra mim)
perguntando:
- estas só?
- No que eu respondo de pronto:
- Sim.
Tu não estas,
Procuro no quarto
Já passou por aqui.
Na cozinha;
As sobras da mesa denunciam:
Por aqui já passou.
E eu que vim aqui
Para dizer quero-te
E mais uma vez, te quero.
Mas no jardim nem sombra tua
No telhado o gato parado
(na leveza desse momento)
não verbaliza uma idéia de teu paradeiro
nem cá embaixo,
o cãozinho que transita pela casa, arfando
(como quem ladra pra mim)
perguntando:
- estas só?
- No que eu respondo de pronto:
- Sim.
E VEM COM A HORA
O poema de Delfos
A Lua e seus enigmáticos ares
Olhai o verso
Com o qual inscrevo
Nossas mais recônditas
E inenarráveis viagens
Vem com a hora
Um presente fugaz
Pesadelo.
Como se o segundo fosse único
Enredados no acaso
Qual fosse então um novelo
Não de linhas nem de lãs
Mas de idéias.
Vem com a hora
E é como se as palavras
Lavradas no nada,
Tudo quisessem dizer:
Rasura minha,
Um poema
Som, sou,
Ser.
A Lua e seus enigmáticos ares
Olhai o verso
Com o qual inscrevo
Nossas mais recônditas
E inenarráveis viagens
Vem com a hora
Um presente fugaz
Pesadelo.
Como se o segundo fosse único
Enredados no acaso
Qual fosse então um novelo
Não de linhas nem de lãs
Mas de idéias.
Vem com a hora
E é como se as palavras
Lavradas no nada,
Tudo quisessem dizer:
Rasura minha,
Um poema
Som, sou,
Ser.
ELA
Inscreveu-se como flor
Contornando minha pele
Perfumando tudo com seu odor.
e o que se revela
A partir do instante cor
Flor e flor
Sensualidade de uma Emmanuele;
Se a França aqui não é,
Que de sorte sois e sou
Em apenas um, nós,
Aura clara e germe.
Um precipício de dor
É o que nos impele
Por amor, amor.
Ao que em nós, se adere.
Vem-me então em glórias gotas
Um torpor,
Suave som suor
Quando o que chamamos
Seja o que for
Flor e flor
Em nós, olor
Lippia citriodora
Up to date for
Flora.
Contornando minha pele
Perfumando tudo com seu odor.
e o que se revela
A partir do instante cor
Flor e flor
Sensualidade de uma Emmanuele;
Se a França aqui não é,
Que de sorte sois e sou
Em apenas um, nós,
Aura clara e germe.
Um precipício de dor
É o que nos impele
Por amor, amor.
Ao que em nós, se adere.
Vem-me então em glórias gotas
Um torpor,
Suave som suor
Quando o que chamamos
Seja o que for
Flor e flor
Em nós, olor
Lippia citriodora
Up to date for
Flora.
CONTUNDENTE
Dente,
Que morde a carne
Que sangra,
Escorrendo vermelho
Pelo tapete
Voador.
Naquela tarde
De pleno verão
Fora da cena,
Acena pra mim
outra mão.
Escorre então o sangue
e decorre do vôo
Impreciso
num decidido
Não.
Que morde a carne
Que sangra,
Escorrendo vermelho
Pelo tapete
Voador.
Naquela tarde
De pleno verão
Fora da cena,
Acena pra mim
outra mão.
Escorre então o sangue
e decorre do vôo
Impreciso
num decidido
Não.
Assinar:
Postagens (Atom)