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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

teatro

no youtube escreva:
teatro biasi -
Veja trechos do estudo
dos jovens adolescente no
texto: A Meditação Sobre o Tietê
de Mario de Andarde.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

VELHICE

A bunda emagrece
O pênis flácido falece
No samba canção
De algodão sem costura.
Eu não queria, juro,
Falar nisso
Mas se a bunda afina
A brisa é fria
E nem tu insistes.
Então sejamos breve na dança
Para que não toquemos
Faíscas do nada.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

E a tarde canta

OH TARDE DA ÁFRICA
ONDE NÃO FUI
MAS VI PELA T.V.

MULHER NEGRA AO SOL
TURBÃ SOB NTEMA FLORIDO
BEIÇO RELUZENTE QUE ENCANTA
FILHO NA CACUNDA

E A TARDE CANTA.

OH TARDE DA ÁFRICA
ONDE NUNCA FUI
MAS VI PELA T.V.

ARIDEZ DO CHÃO
POEIRA EM TUFÃO
RISO, CARA, SOL PLANTA

E A TARDE CANTA.

OBÁ DE OBÉ
Ô HUM...
BISI, MENINA
VASO DE ÁGUA NA CABEÇA
GIRAFA ACOLÁ, ANTA
E A TARDE CANTA.

QUE DIA É HOJE?

HOJE É DIA DE RENUNCIAR
À TUDO E À TODOS
SAIR DO COTIDIANO
M E D I A N O
E VER COM OLHOS DE GARGARIN
A TERRA BOLA AZULADA.


HOJE É DIA DE ESQUECER
O QUE SE FOI ATÉ ENTÃO
DESPREGAR DAS PRESAS E
ARRANCAR NUM GESTO BRUSCO
ESTE MÚSCULO CONVULSO
E ATIRÁ-LA AO CHÃO.


VEJAM NO ALMANAQUE
OLHEM NA FOLHINHA
VERIFIQUEM O CALENDÁRIO
QUE HOJE É DIA DE DESPRENDER
DO HOMEM SUAS AMARRAS
QUE SÃO CRENÇAS
QUE SÃO DOGMAS
QUE SÃO TARAS
MESQUINHARIAS DO EXISTIR.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

blood

Minha poesia sangra
sangra meu pensamento
e não é de dor
sangra o sol
ali na frente
e eu
entre desejos e vontades
buscas e aparatos
promovo o que não seria
A Era que via
a via por onde esvai
O sangue e o suor
esconrrendo com palavras
como se um negasse o outro
Suor dos dias

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

IMPOTENTE

OU NASCER PARA MORRER.


É O PAI, NA FAIXA DE GAZA
NA CISJORDÂNIA,
TENDO O FILHO DE POUCA IDADE
ALVEJADO POR UM TIRO
DE METRALHADORA ASSASINA.

CHOQUES ISRAEL-PALESTINOS
MATAM MAIS 19.
PALESTINO BEIJA SUA FILHA DE
18 MESES
SARA, ANTES DE SER ENTERRADA
NABLUS (CISJORDÂNIA)
“NASCER PARA MORRER”
TALVEZ UMA QUESTÃO CULTURAL
ESSE RETRATO DA MORTE
QUE HORA SE APRESENTA
TALVEZ UMA QUESTÃO DE ETINIA
ESSE QUADRO DE HORROR
DE DOR QUE INVADE NOSSOS OLHOS
EM FORMA DE NOTICIÁRIO.
OS LIVROS DA SABEDORIA HUMANA
DAS CIÊNCIAS HUMANAS, POR ASSIM DIZER,
SERÃO FECHADOS PARA SEMPRE
E A BARBÁRIE VAI IMPERAR.
ESSA É A REGRA DO JOGO
ENTÃO ESTAMOS TODOS ESTRESSADOS,
DESESPERANÇOSOS
PRECISAMOS DE FREUD
PRECISAMOS DE NOSSO PAI
PRECISAMOS DE NOSSA MÃE
DELE A MÃO SEGURA
DELA O ÚTERO QUENTE
E NÃO ADIANTA LAMENTAR-SE

IRA CONTIDA, EM VÃO.
QUIETUDE PLENA, ILUSÃO.
TIROS TILINTAM NO JORNAL DA TV
A SOPA LOGO SERÁ SERVIDA
E UM CORAÇÃO DE POETA
ENTRE A TAQUICARDIA DO AMOR
LAMENTA O SOL
QUE ENSISTE EM BRILHAR
SOBRE A POEIRA, O CAOS.
PALESTINOS ARREMESSAM PEDRAS
CONTRA TROPAS ISRAELENSES
NO CONFLITO EM RAMALLAH
ONDE ALGUNS PALESTINOS, ÁRABES
E JUDEUS TOMBAM PELA CAUSA.
HÁ SEMPRE UMA CAUSA.
HÁ SEMPRE UM MOTIVO
NESTE CICLO SEM SENTIDO
NASCER PARA MORRER
OU SERÁ MELHOR
NEM NASCER.
Ah, quem sabe do deserto lunar
Ecoe em vão o som da palavra
Paz..

Poeta, um clamor.

Hei, poeta!
Dá-me um pouco de tua poética
Sem fios,
Da vertente sonora
Do teu mais complexo buscar
Nas escolas literárias, uma saída
Na musicalidade, um pulsar.

Hei, poeta!
Dá-me um pouco de oxigênio
Pela boca
E dos póros faça-me inflar o pulmão,
Como quem se expressa na pressa
Sentidos sentimentos, ora essa,
Porque não?
E que movem o inanimado
E desperta o distraído
Recompõe dos esquecidos
O furor de uma Nação.

Hei, poeta!
Queres me dizer de uma vez
Uma ou duas palavras
E que na insensata embriaguez
Possa eu mastigá-las
E por acaso e num breve instante
Ora, ora
Ver, das trevas profundas
A mais brilhante aurora.


Hei, poeta!
Ouça bem o que lhe digo
E se escrevo em palavras
Neste endereçamento inexato,
busco contato contigo
Poeta!
Personagem da pura imaginação
De idealização.


Hei, poeta!
Dá-me aquilo que não cessa
Futurologias
Planetas inabitados
Siber conexões
Claves, apoio
Notas musicais

Hei, poeta!
Por que não ouves meu pedido,
Uma vez mais,
Eu leitor aturdido
Carente de rimas quentes
E de métrica tão irregular
Qual ar
Conspirações absurdas
Contradições obtusas
Preleções sem sentido

Hei, poeta!
Atenda ao meu pedido.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

VEJO-TE TÃO FEMININA

Cuidando das tuas coisas,
Guardando algumas peças de roupa:
Toalha, meia, calcinha.

Vejo-te tão menininha
Apesar do tempo já marcar a tua face,
E tuas coxas não serem tão roliças
Como antigamente.

Estais aqui na minha frente.
Mulher, fêmea, presente.
Completando todos os meus momentos,
Realizando os desejos que eu, quase humano, tenho.

E se é porque te beijo assim mil vezes,
O maior dos desejos seria eternizá-la;
Pelo menos em minha mente.
Como isto, não creio possível,
Deixo então, contigo, meu humano amor
E que ele fique gravado
Nos autos do eternamente.

Papel

Caneta; oba!
Agora eu me vingo
E finco nele
Futuras idéias
Qual verdades científicas
que certificam previsões
Conclamadas visões
Grifo, silvo

Na SELVA das formas
Na máfia dos sons
Me perco sem endereço
Pateons das poesias pregressas
Desarticuladas métricas
Moinhos de tintas
Tontas tonalidades
Verdades!!!

UM GOSTO

De palavra na boca.
Um rosto que se instaura na tela
Sois bela, sois bela.

Quero afinal a tarde
Entre gerânios e credos
Solfejas pois, nua no salão vazio.

Mãos atadas ao labor
Decorrem versos e por si, dor
Poeta de profissão
Respira fundo num fulgor
E vaga com a lua pálida lá fora
Nos céus da tarde.

Quer o fogo
E ao mesmo tempo paz
Tanto faz,
Guerras, fogo, acordo
Dança consigo mesmo
A sombra
Deixar estar num avermelhado
Inexplicavelmente belo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

E VEM COM A HORA

O poema de Delfos
A Lua e seus enigmáticos ares
Olhai o verso
Com o qual inscrevo
Nossas mais recônditas
E inenarráveis viagens


Vem com a hora
Um presente fugaz
Pesadelo.
Como se o segundo fosse único
Enredados no acaso
Qual fosse então um novelo
Não de linhas nem de lãs
Mas de idéias.


Vem com a hora
E é como se as palavras
Lavradas no nada,
Tudo quisessem dizer:
Rasura minha,
Um poema
Som, sou,
Ser.

ESCRAVO, ESCREVO

I.

Um demônio de pica dura
Toca flauta
Meu amigo que não está
Ronca na sala.

Os seres saem de onde estão,
Vão.

As ruas estão violentas,
Andas a pé?
Choras a morte de quem?
De quê?

Perceba que a matéria e nada
E que uma música, como diz Cecília,
Toca ao longe.
E bem cedo o velho sol vai nascer,
Crê.
Cinco milhões de vezes mais.

zona de confronto

OS HOMENS QUE SE CONFRONTAM MUTUAMENTE
MUITAS VEZES ATRAVÉS DAS PALAVRAS,
PALAVRAS ESTAS QUE TÊEM MIL SIGNIFICADOS,
BUSCAM UMA ÚNICA SAÍDA
NA PORTA ESTREITA DA VIDA SOCIAL.

ENFRENTAM-SE OS HOMENS ATRAVÉS
DAS ATITUDES E O ACASO FAZ DE TUDO UM
J O G O

SE EU PUDESSE DESCREVER O AMOR
COM PALAVRAS QUE PREVINAM TRAGÉDIAS,
SE EU PUDESSE DIZER QUE TENHO NAS MÃOS
ESSA FLÔR DE PÉTALAS DE PELE
DAS NAÇOES, DAS ETNIAS
EU DIRIA SEM PESTANEJAR;
QUE HAJA O CONFRONTO UNIVERSAL
E QUE SOBREVIVA O AMOR.

Nomes

Dão nome ao tufão
Que arrasa as Filipinas
Dão nomes dóceis
À catástrofes assassinas
Catrina, Parma
El Nino, Madre, El Nina
E vidas lá se vão,
Pelos ares, pelas águas
Pelas plagas terrestres
Samba em Budapeste
Sombra em Bucareste
Quando se pode driblar O caos
A canção nos salva
Literalmente,
Pelo rádio, pelo silêncio
Pela lembrança
Pelo ar que se respira
As vezes corpo até ginga
Por que não,
Mão violão

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sobre o Rio

LA VEM VINDO ALGO ASSSIM
RIO POLUIDO
TEMPO PASSADO
MARIO DE ANDRADE CANTANDO
SUA ODE A CIDADE
ATRAVÉS DO RIO
ELEMENTAIS
FALAM PALAVRAS
CRIAM CASO
CANTAM DEMAIS
A CANÇÃO EM CORO
NUM DITIRAMBO
NUM BAMBO CORTEJO
DE LUAS
LÁ VEM VINDO

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

NÃO É POR NADA NÃO MAS...

CADÊ O ÍNDIO QUE TAVA AQUI?
E A ÁRVORE?
O BICHO CADÊ?
O PANTANAL,
O INSETO, A AVE DE RAPINA?
O VIOLÃO DO MAGRICELA
TOCA UM COUNTRY DESAJEITADO
TOPEIRA
FILHO DA MÃE
FILHO SEM MÃE.
ELE DIZ YES
E ASSINA OK. PENSEI...
REVIDAR COM UM SAMBINHA
AH! VIDINHA MINHA
QUE DE PURISTA E PURITANA
TODA ALMA TEM UM POUCO
CADÊ O CORAÇÃO QUE TAVA AQUI?
E O TAMBOR, A ZABUMBA?
O TRIÂNGULO EQUILÁTERO?

DE QUATRO MARCHA O BOI
GARBOSO PARA O MATADOURO
NOSSO OURO, NOSSAS MATAS
TUDO EM LATA,
NOSSA TESÃO, NOSSO TESOURO
TUDO SUCATA,
NOSSO FOGUETE, NOSSA FRAGATA
SUBMERSOS NA ILUSÃO DO SILÊNCIO
DO AMONTOADO DE NOMES PRÓPRIOS
PALAVRAS TORPES E FRASES DE EFEITO.

A PRETA PRETA

A PRETA NO POSTO
TEM UMA ROSA NO ROSTO
E PRATICA UM RITUAL
COM O CORPO.
A ROSA NA BOCA
E NAS MÃOS UM JORNAL
DOU-LHE VINTE CENTAVOS.
FALA COM VOZ QUE SOME
ALGUMAS PALAVRAS
E MAIS ALGUNS GESTOS
QUASE QUE DANÇA
ESTRANGEIRO EU,
ESTRANHA A PRETA
QUE RASPA A MOEDA
NA BOMBA DE COMBUSTÍVEL
ONDE SE VÊ UM “A’’ BRANCO
SOBRE O VERDE.
ENQUANTO O CARRO SE RETIRA
AMEAÇA ATRAVESSAR A AVENIDA
DIZ QUE VAI PRA ESQUERDA.
A PRETA NO POSTO
UMA ROSA MURCHA NA BOCA
UM AR DE LOUCA DE AGOSTO
UM MISTÉRIO MUSICAL.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

MOMENTO

Agora
Eu ando
Torto,
Desequilibrado,
Incerto.


Agora
Eu ando
Desaprumado
Inteiro,
Completo.

CANTIGA DO MENINO DA MÃO QUEBRADA

Menino da mão quebrada do beira mar
Por onde passaram Davi e Letícia
Em direção à Índia
Até descobrirem o Paquistão


Menino da quebrada mão
Que desce a ladeira
Do Beira Mar
Por onde sobem os jovens
Fumados, cheirados, pedrados
Injetados, turbinados.

E por que estais aí sentado
Poeta cansado
Como quem pensa em nada
Menino da mão quebrada
Se minha cantiga é antiga
Como antiga é a Ladeira do Beira Mar
Que mar não tem,
Por onde passam crianças
Fuscas-69, o cheiro de lixo
Denuncia o grau de poluição.
Menino da quebrada mão
Por onde vai minha mente
Meu coração nesta ora
Em que te vejo em ação
No nada
Menino da mão quebrada.

CENAS DOMÉSTICAS

Minha mãe tem na casa
Dois pássaros e duas gaiolas
Cada um numa.
Sua casa, sua pequenina casa,
Manhã antes do café
Rompe com um cantar de notas
A G U D A S !
T I N C !
Por vezes vi minha irmã – ao acordar,
Antes que eles dêem a primeira nota
Cobrir-lhes com um pano, toalha
Emudecendo nossos cantantes

À seguir vem pigarros dela
Som de panelas e café requentado.

Entro eu na história precedido
Por minha mãe
Que na cara dura dá bronca nela
(minha irmã) e liberdade
aos coitadinhos
que a seguir libertados
rompem o dia com seu trinado
T I N C !

terça-feira, 27 de julho de 2010

AS VEZES ME PERCO ENTÃO

NA DESCRIÇÃO NUNCA PERFEITA
DAS TUAS NÁDEGAS EM MINHAS MÃOS
DAÍ FECHO OS OLHOS ENTÃO
E TENTO REVER, QUADRO A QUADRO
O BRILHO DOS TEUS ATOS
SOBRE NOSSA CAMA.
QUERES QUE TE CHAME
DE MINHA MULHER
E FLUI MINHA IMAGINAÇÃO
SAIA CURTA, CALCINHA
QUE VOU TIRAR,
POUCA ROUPA
MESMO ESTANDO FRIO
CAMISOLA AZUL ANIL
E NÃO RESTA CANTO
SOBRE SUA PELE
QUE NÃO TUDO REVELE
E SORVO TUA BOCA
E É UMA TAL DELÍCIA
MANJAR NUNCA DEVORADO
CREME SUAVE, DOCE AVELÃ
FRUTA MINHA
MULHER MINHA
MÃE, MANINHA
E OS SEGREDOS SÃO
TODOS NOSSOS.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

DO PARECER

Parece que foi um sonho
Uma porta se abrindo
O hino nacional de
Um país distante
A guitarra de Mr. B.B.king
Um ônibus logo partindo.
Parece que ouço palavras
Que as folhas se movem
Um relâmpago no céu
O pijamas de bolinhas
As bombas do Camboja
Um assombro meu.
Parece uma canção executada
Pela orquestra de
De San Martin.
Parece uma outra aquela mesma
Bigas, aeroplanos
Pântanos do Marrocos
Meu Deus! Que supermercado
Barulhento
E eu cego a decifrar.
Parece a torre de Pizza
Um homem no caixão
Uma ponte de safena
Arruaça plena
Vôo, vento, coisa feita
Rio de Janeiro no verão
Vagão vesgo, morcegos
Divindades e seus planos
Cantora de ópera
Operação interplanetária
Parece.

MOMENTO

Agora
Eu ando
Torto,
Desequilibrado,
Incerto.


Agora
Eu ando
Desaprumado
Inteiro,
Completo.

CANTIGA DO MENINO DA MÃO QUEBRADA

Menino da mão quebrada do beira mar
Por onde passaram Davi e Letícia
Em direção à Índia
Até descobrirem o Paquistão


Menino da quebrada mão
Que desce a ladeira
Do Beira Mar
Por onde sobem os jovens
Fumados, cheirados, pedrados
Injetados, turbinados.

E por que estais aí sentado
Poeta cansado
Como quem pensa em nada
Menino da mão quebrada
Se minha cantiga é antiga
Como antiga é a Ladeira do Beira Mar
Que mar não tem,
Por onde passam crianças
Fuscas-69, o cheiro de lixo
Denuncia o grau de poluição.
Menino da quebrada mão
Por onde vai minha mente
Meu coração nesta ora
Em que te vejo em ação
No nada
Menino da mão quebrada.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

THE DEAD

à Thimoth Larry



A morte se anuncia ao homem.
O foragido fugindo dos tiros.
“a máscara mortuária de minha mãe
já se anuncia”.

Abro o portão
E um cortejo fúnebre
Atravessa

Num sonho desprotegido
A morte é o tema:
Num esquife de lata
Guardas romanos me transportam.

Ganho um beijo
E no desespero:
O que em mim anunciará
A chegada dela.

Morte premonitada
Decididamente colorida
Felizarda.

VEM!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Besteira 3

Você viu? A senhora de certa idade se ensinuar pro caixa do banco? E ao se despedir mandar-lhe um beijo mais ensinuante ainda? E o rapaz sorrir amarelo exibindo, quase sem querer, nas mãos, a aliança de noivo? E o celular dele tocar e ele falar com a...noiva: - Sim meu bem, vamos sim, hoje a noite naquele show de rodeio. E viu também a senhora ensinuante se afastar meio desconsertada como quem diz: e nós? eu lhe espero. E a fila então não anda, toda gente com contas a pagar. Bendito código de barras. A chuva caindo lá fora. Este tempo me inspira. E o transito molhado da cidade úmida do céu de chumbo leve, sem sol? Viu a floricultura colada no Pet Shop e ficou em dúvida se comprava flores ou passarinho para ela. Talvez um colibri, um papagaio, quem sabe um pintassilgo, Meurro, Uirapuru mas daí já é coisa do Chico e desse não nada posso dizer se não apreciar sua obra. E viu que os anos passam e as senhoras ensinuantes continuam invadindo o banco com suas metralhadoras e roubando beijo depois caixas noivos que amam pelo celular suas noivas que andam pelas ruas molhadas e pisam nas poças de agua e sorriem com seus guarda chuvas e são verdadeiras flores que merecem flores e canticos de passarinho?

Besteira 2

Well. No Besteira 1, eu procurei fazer aquele tipo de exercício da escrita imediata. Infelizmente parece que não agradou, pelo retorno de um seguidor que fez um comentário jocoso que me fez deletar. Espero poder dar continuidade a esse processo de "brincadeira" da escrita imediata. Ou seja: todo que vem à cabeça, coloca-se no papel quase que sem tempo para refletir. Esta é a proposta da escrita imediata. Um exercício que é possivel ser publicado pelo menos no blog. Um beijo à todos os meus seguidores.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

L U G A R E S

Dakar
Nunca fui.
O mais longe foi Manaus
Quiça apenas
P a r á.
Dakar
Belém
Cassino da Urca serve?
Nem sei.
Fui á Santa Maria, serve?
Talvez Cusco
Congo,
Nova Guiné
Marias na minha Vida
Marés
Mares, ares até,
Serve?

ÓCULOS

MEUS VERDADEIROS OLHOS.
SEM TI NADA VEJO
E APESAR DESTA VISÃO
ENTRE VITRINES
SINTO-ME FELIZ CONTIGO,
VIDRO!

terça-feira, 13 de julho de 2010

A PERGUNTA

Através da árvore
Um nada meu olha
Um trecho de lua
Entre nuvens.
Quão pequenino eu
Ante frondosa figura
Que se instaura majestosa
Para o céu, pro nada
Nuvem, lua, árvore
Onde andará minha amada?


O caminhão do bombeiro
Passa enlouquecido
A moça tristonha
Espera sua condução
Os músicos mudos
Recolhem seus instrumentos
Minhas chaves, que portas abrirão?


Músicos, moça,
Nuvem, lua, nada
Onde andará minha amada?

DESNUDES

MINHA ROUPA

DEITA COM A SUA

E FICAM ALI

AS DUAS NUAS

SOBRE A CÔMODA DO QUARTO

DESPIDAS DE NÓS

ENTRELAÇADA TRAMA

NÓS DOIS SOBRE A CAMA

DESPROVIDOS DE TUDO.

Escrita

Mui incentivado por meu gran amigo Glen Martins, sem pudor pus-me a escreve e só saí da primeira edição de algum escrito meu, graças ao referido amigo que sempre ao me encontrar pergunta interessado: Tá escrevendo? E isto já faz quase duas décadas que ouço a estimuladora pergunta. Então trago sempre no bolso uma montoeira de papéis desalinhados e amassados onde muitas vezes anoto a idéia original do escrito que tomará forma depois num dos cadernos que estou sempre organizando. Finalmente vem um sobrinho de empréstimo que apaixonado por computador resolve ficar horas e horas passando a limpo, numa primeira versão, os escritos todos. No computador é reler e reler sempre achando um erro ou um detalhe que escapou-me.

Skay

Skay
Cai do céu
Uma gota d água
Skay
Cai do chão
O grão
Do sim do não
O oco das palavras
Na Bienal Vazia

Dão nomes

Dão nome ao tufão
Que arrasa as Filipinas
Dão nomes dóceis
À catástrofes assassinas
Catrina, Parma
El Nino, Madre, El Nina
E vidas lá se vão,
Pelos ares, pelas águas
Pelas plagas terrestres
Samba em Budapeste
Sombra em Bucareste
Quando se pode driblar O caos
A canção nos salva
Literalmente,
Pelo rádio, pelo silêncio
Pela lembrança
Pelo ar que se respira
As vezes corpo até ginga
Por que não,
Mão violão
Se eu pudesse.

PAYSANDU MEMORY UM

As janelas altas
Meu corpo pequeno
O pátio vazio
O banheiro insalubre
O pátio cheio de crianças
E suas maldades infantis

A sopa de gosto duvidoso
O anfiteatro conquistado
Meu chinelo de dedo
E meus hematomas
Por que estar ali, por que ficar ali?

E lá fora o que haveria?
A desesperança de sempre
O fardo da economia sobre o povo
Atrocidades de novo
E fardados, muitos soldados
E o povo e sua alegria
Inexplicável.

Os ambulantes, as feiras
Os bancos, as lojas
Tanto pra se comprar
E nada, quase nada pra comer
A casa no fim da rua
Payssandu memory um
O galo branco que meu pai
Deu aguardente
A casa do advogado, Dr. sei lá o quê
Lotada de nitroglicerina
Que explodiria um dia.

O Miltom Galindo Filho e sua genitália.
O campinho do terreno baldio
Paissandu memory one, two.


O córrego sujo, o lixão
E as águas com vegetação
E areia movediça
Lasqueira e seu sexo febril
Sua infanto sensualidade.

O céu que se renovava sempre
Minhas irmãs, quatro mulheres
Minhas roupas em desalinho
(até hoje)


Minha música nascendo
Minhas saudades da Bahia
A fuga da primeira escola
Fui ao banheiro e não mais voltei
Também pudera, a professora falava javanês.
Brincar no mato, e fazer piadas
A ordem disso Payssandu ,
Meu cão negão
Meu pai de cócoras
Minha mãe no trabalho
Meu tio Nelson
Sua casa perto da Via Dutra, memory Payssandu
Infância, baby blue.

terça-feira, 6 de julho de 2010

TARDE ATRAVÉS DA JANELA

Lá fora
O céu é nitidamente claro
Na parede branca
Da outra casa vejo
O reflexo do sol

E tudo branqueia em luz

Um código verde
De relva,
De mata,
De selva, completa o quadro.

Com os pés entre as mãos
(por assim dizer)
em fetal posição
a grávida pare o pranto

a hora é ouro
e eu sei porque tudo está assim
claro!
O poeta ama as escondidas
E não pode revelar
Através da janela, o objeto amado.

A presença desnecessária do sol
Confirma o verão que acende
Em seu peito.

DESLIZE

Juro que vi
Suas mãos trêmulas
Tentarem reconstituir
A estória.
Um filme de terror
Alguma coisa como:
Faraós e tumbas
Humor desalinhado
Grãos no chão
Mágica no deserto
Mentes insanas
E um torpor louco
De quem semi existe
De quem está semi morto.
O homem que replantava suas árvores
Que mirava seu ângulo correto.
Alguma coisa entre
A nova
E a velha cozinha francesa
Deuses na mesa
Deus no solar, névoa piramidal
Ar primaveril
Aras, eras, Eros, cavalos
Um lago escorrendo solto
Entre vagas e gerânios
Entre tempos e anos passados
Que não retornam
Como uma estrada única
Sempre ir, sempre seguir
Quase voar
Águia, cristal, Asa
Como um filme e fantasma
Entre tumbas, timbres e faraós
Juro que vi.

sábado, 3 de julho de 2010

Karamó Jurea

Julinho: Conta uma Lenda senhor Antenor.

Seu Antenor: Lenda, lenda indígena tem muita...muita. Mas eu não lembro de nenhuma agora,(pensa) bem que a gente poderia pedir pro AUTOR ,PESQUISAR MELHOR. Eu. Posso contar uma estória...inventada,claro!: (ares de contar uma piada) Conta a lenda que Karamó Juré das Tribo dos Carajás, era muito comilão, mesmo quando os índios já tinham almoçado o seu peixe com biju. E estavam na rede a balançar dando um tempo (o que vai sendo narrado será interpretado pela Tribo UM, a frente da cena, noutro plano ) Só de papo pro ar depois do Vité, ele ia escondido por entre as muriçocas que voam de dia, bisbilhotar nas panelas de barro no fogo do chão, as espigas de milho cozidas. E todas as vezes (imita) ai. ui, ai, ui...era dor de barriga no piá. Kimera Cobi percebeu essa trama de Karamó Juré e contou pro pajé dos Carajás...Conta a lenda que O pajé, o curandeiro da tribo receitou uma erva pra Karamó, que ele passou três dias sem sair do banheiro(rindo) cantando Iamuté, que é o canto de quem é menino levado (explica) pra tomar vergonha na cara. Mas...passadas duas luas ele voltou a fazer o mesmo, pois DOR DE BARRIGA não dá só uma vez. Volta Karamó a correr no meio da Aldeia a chorar seus lamentos, (imita) ai. ui, ai, ui.. Porochó,... vó de Karamó deu uma surra nele que ele foi correndo pra se banhar nas águas do rio buscando alívio das dores e também pra esconder as vergonhas da cara. (pausa). Subiu num pé de árvore e a cobra Maturé transformou menino em Ingátu, o Macaco da cara de gato.
trecho de "A Fazenda Encatada" de J.C.Cordeirovich

sexta-feira, 2 de julho de 2010

VISÕES

Os bravos
Olhos caros
Brancos claros
De Narciso

Os traços
Novos
Aros lisos
Óculos de
Tamires

Os alvos
Calvos crânios
Tântricos
E tantos
Túmulos
Marmóreos
Mortos mornos
Mútuos
Mentem nisto.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Aos seguidores

Quero dar as boas vindas a voces meus seguidores. Espero que me
sigam por longo tempo e que eu possa agradá-los com o material que
pretendo expor neste blog. Confesso que ainda não sei me incluir
em vossos blogs, mas assim que aprender eu o farei. Um abraço fraterno do amigo Cordeiro.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Juventude

Bom, a minha já se foi. Tudo bem. Nada devo lamentar. Claro que o corpo sofre lá suas alterações de praxe e não adianta as coisas não são como eram. Mas se devo lamentar algo é sobre a capacidade de criação. Essa era um jato. Bastava uma folha de papel branco na frente e tchan! Lá ia você juntando palavras que revelavam ideias que se expressavam com facilidade empolgadas na inventividade no tudo e no nada da folha branca que nos desafiava. Mas agora. Eu olho neste espaço em branco onde devo postar uma mensagem. N]ao que não tenha nada na cabeça, não é o caso, mas eu gostaria de ter aquele jato de criação para despejar no papel, digo tela. E te-la cheia é a minha meta. Interagindo contigo leitor. Finalmente descubro o copiar (de mim mesmo) e colar e com certeza também o farei. Tudo para manter um contato com aqueles que lêem este blog.

terça-feira, 29 de junho de 2010

UM AUTO-RETRATO

Não sou velho. Não sou jovem
Não vim de outro planeta ao acaso
Não vim tocar clarineta
(pois esta me foi roubada)
Não sou cristão não católico
Nem guardião do tempo
Nem catálogo nem sabedoria


Sou dançarino de perna quebrada
Rigorosamente sínico.
Sempre acredito que estou acreditando
Minha fala é pequenina
Meu conhecer curto,
Mas não puxo carroça.
Fui da Bahia.
Aquela ali e
Guanabaaaaaaras!
Ancada an nada
Nuvem de verão carregada
Que quer acreditar em mim e
Desaguar por fim.

o budismo interessa ao samba

ESSA ALMA DE MULHER
QUE SEU CORPO HABITA
É UMA ILUSÃO AFLITA
DO QUE VEM SER E QUE É

TRADUÇÃO BENDITA
DE UMA OUTRA COISA DITA
POR SI E NUNCA FIM
TUDO É RECOMEÇO E FÉ
NUM PARAÍSO CONTIDO
É POR ISSO
É POR ISSO

E POR SI SÓ TRADUÇÃO
NUMA NOITE ENTÃO ME VEM
A DOR O GOZO ZEN
O BUDISMO INTERESSA AO SAMBA
AO SAMBA
AO SAMBA!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

LEMBRO

COINCIDENTEMENTE ME LEMBRO DE AMACORD DO FELINI. MAIS PRECISAMENTE DAQUELE RINOCERONTE DORMITANDO SOBRE A PALHA NO PORAO DO NAVIO E DO MOMENTO EM QUE OS CANTORES DA ÓPERA ENTRAM NA CASA DAS MÁQUINAS PARA CANTAR GRITADO TRECHOS DE UMA ÁREA. CENA APARENTEMENTE ABSURDA QUE NOS DÁ UMA SENSAÇÃO DIFERENCIADA DO REAL E NOS EMBALA PRA UMA VIAGEM CEREBRAL COMO UMA ÁRVORE QUE BROTA DO PEITO DE UM PERSONAGEM NUM LIVRO DE BORGES, TALVEZ DE " O ALEF", O PONTO POR ONDE TUDO PASSA.
ESSAS LEMBRANÇAS CINEMATOGRÁFICAS E LITERÁRIAS ALIMENTAM NOSSO IMAGINÁRIO E SÃO COMO LINKS PARA OUTRAS IDÉIAS, OUTRAS CENAS. REAIS OU ABSURDAS. HÁ UMA COISA DE BOM NELAS, SUPREM O QUE VIOLENTO SERIA EM NÓS, SEM A VIOLÊNCIA DE TROCENTOS FILMES B QUE POVOAM A PROGRAMAÇÃO TELEVISIVA. EU PREFIRO AMACORD, BELLE DJOUR, TENROCK, ENTRE OUTROS QUE NOS FIZERAM VIAJAR NA IMAGINAÇÃO.SEM VIOLENCIA. ABAIXO A VIOLENCIA RETRATADA COMO GRANDEZA HUMANA! EX. VI MUITO DE APOCALIPSE NOW EM AVATAR...OU SEJA BELEZA VIOLENTA, NÃO DÁ.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Pessoa

AGORA ESTOU NA INQUIETAÇÃO QUE AS PALAVRAS DE FERNANDO PESSOA SUGEREM. EU QUERIA MEXER COM A "CABEÇA" DE QUATRO JOVENS DO GRUPO DE TEATRO QUE ESTOU DIRIGINDO E POR ISSO A MINHA INQUIETAÇÃO. GERALMENTE O JOVEM NÃO TÁ NEM AÍ, NEM AFINS MAS SEMPRE APARECE UM PEQUENO GRUPO, COMO ESTE. SUPER AFINS DE PIRAR NA CABEÇA E EU RAPOSA VELHA OU MELHOR, CORDEIRO VELHO RESOLVI COLOCÁ-LOS PARA NAVEGAR NESTAS AGUAS COMPLEXAS E LUZITANAS. O EXISTENCIAL É O FOCO. O CARA NUNCA SOSSEGA, ALIAS FOI DO LIVRO DO DESASSOSSEGO QUE EU PEGUEI ALGUNS TRECHOS E ESTAMOS LENDO E RELENDO E JÁ PARA CONSTRASTE INSPIRADOS NUNS SONS DE VIVALDI, SHUMANN E POR AÍ VAI. É LOUCRA GERAL QUANDO ELES COMEÇAM A DITAR AQUELAS FRASES ENTRE O TALVEZ E O QUEM SABE ENTRE A LOCURA E O DESVARIO. PELO MENOS ELES ESTÃO CURTINDO E ISSO PRA MIM É O MELHOR, QUE ELES POSSAM BUSCAR SIGNIFICADOS, SENTIDOS, REFLEXÕES ETC ETC...NESTE CAMINHO DE BUSCA DE DESCOBERTA DA VIDA.

silêncio

FICAR CONSIGO
INTEIRO
POR ALGUNS JANEIROS.
E QUE VENHAM
SETEMBROS
E DANÇAS E LOAS
QUE NOS RETARDE
UM TEMPO
DENTRO DA CHAMA
QUE NÓS ACENDEMOS.

E QUE VENHAM
TRAMAS
ENLACES, PARTILHAS
DRAMAS
E CHOREMOS
NENHUM VERSO.

SE PALAVRA VALE
POUCO
E O SILENCIO
OURO VALE
MUDEZ ENTÃO,
PRA NÃO
QUEBRAR O CLIMA
NÃO DESGASTAR
A RIMA
DA COMUNICAÇÃO.

contundente

dente
que morde a carne
que sangra,
escorrendo vermelho
pelo tapete
voador
...
Naquela tarde
de pleno verão
fora de cena
acena pra mim
outra mão.

Escorre então o sangue
e decorre do vôo
impreciso
num decidido
não!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Vejo

Revejo
Esqueço
Quedo-me ao lembrar.
Olhar entre
dentes,
entremenetes
entrépido,
padaço.
Vejo
revejo
esqueço.

LER

O QUE? VC VAI LER-ME? E AGORA? SINTO-ME PELADO, CALADO, PRENSADO NA TELA DO SEU COMPUTADOR.E O QUE LHE AGRADARIA? POESIA?MELODIA? DISCURSO INCANSADO. JOGO DE PALAVRAS QUE ATIRAM PARA TODO LADO. IDÉIAS, FRUSTAÇÕES, BUSCAÇÕES E O CACETE. PUTZ
DISCULPEM O PALAVRÃO. NÃO É MINHA INTENÇÃO. EU APENAS FICAREI AQUI EXPOSTO CADA DIA E VEJA BEM, O BLOG NÃO PERMITE PELO MENOS NÃO CONSIGO COPIAR E COLAR. A COISA ACONTECE NA DIGITAÇÃO. DEDO NO TECLADO. NO TAT BI TATI. E ASSIM LÁ VOU EU. QUANDO DER VISITE-ME QUE EU ESTAREI AQUI A SUA ESPERA. OK?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

um pouco

um pouco
de nada nas veias
um pouco
de nada,
faxina pura
real
faxina pura,
um pouco de nada
nas veias
um pouco de cura,
um pouco de
sua pureza
pureza, pureza.

terça-feira, 22 de junho de 2010

então...

FAZ TEMPO QUE OLHO PARA AQUELA PORTA. SEMPRE TEMEROSO. AQUI ALGUNS LEEM O JORNAL, OUTROS CONSULTAM CONVERSAM DISTRAIDAMENTE E ALGUNS ARRISCAM A SORTE NAS CARTAS MAS NA VERDADE TODOS TEMEM. ENTÃO EU FICO OLHANDO E AGUARDANDO POIS A QUALQUER MOMENTO PODEM ME CHAMAR. MARCAR A CONSULTA NÃO FOI TÃO DIFICIL E O PREÇO ATÉ ACESSIVEL. MAS ESTE MOMENTO É REALMENTE DE APREENSÃO. O PREÇO DA CONSULTA ATÉ QUE NÃO É LÁ DAS MAIS CARAS E COMO JÁ DISSERAM ELE TEM A MÃO PEQUENA, POR TANTO DEDOS MENORES. MAS VOCE HÁ DE CONVIR, NÃO É TÃO FÁCIL ACEITAR...E A QUALQUER MOMENTO ELA PODE DIZER O MEU NOME PARA QUE TODOS AQUI OUÇAM. AFINAL CONSULTA NO PROCTOLOGISTA DÁ SEMPRE ESSE FRIOZINHO NA BARRIGA, NÃO É BEM NA BARRIGA...E SR. CORDEIRO! CHI É A MINHA VEZ, ENTÃO JÁ VOU POR QUE ME CHAMARAM E EU TENHO QUE. AFINAL. É MEDO DO QUE? AFINAL É APENAS O DEDO E ...SR CORDEIRO!!! CHI!
FUI.

PRISÃO

não
não fui eu quem a inventou
nem desejou, nem pensou
nem sonhou com ela
Foi-se formatando,
se assim posso dizer
com o tempo
um entorno em mim
de tudo que fiz,
do amor que criei
mentalemente
e compartilhei contigo
mas esse sentimento
se quebrou, como se diz,
partiu em bilhões de pedacinhos
ínfimos
e eu agora,
depois de algm tempo
sem você, com você
pela amizade e
pelo querer
estou preso novamente naquilo que
nem eu sei o nome
naquilo em que os outros
que não eu
que não você
se impressionam ao
saber e dizem
é possível?
E eu pasmo
me calo e engulo
o que matéria não é
o que sentimento
foi
e agora só resta isso
eu você e os outros
assim mesmo
sem ponto
sem vírgula
sem nós
conosco
essa embalagem
pesada
que hora
carrego
e que podemos chamar
de...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Suorsanguepoesia

Suor
quando a febre bate
e a temperatura
passa do controle
por que as células todas reagem
contra/a favor
de algo inexato
do que vem do inexplicavel-quase.
Sangue
porque a gente sangra mesmo
cada idéia, cada desejo,
cada palavra
que se torna canto,
cena, improviso
instância de verbos no ar
Poesia
é a somatória do todo
Desse suor, com sangue
deste sangue com suor
dessa sonoridade
aleatório e febril

teatro

notícia: Faz mais de 06 (deis) anos que eu escrevo e dirijo comédias para o grupo A Vida é...(vide foto abaixo). A nossa montagem de "UM SONHO MALUCO", ficou por 04 anos em cartaz sendo levada em bibliotecas, ONgs e outros palcos amadores. Atualmente temos a montagem da comédia também de minha autoria: "Normal, Mas Nem Tanto" . Os textos são de minha autoria e eu posso disponibilizá-los via e-mail, caso vc tenha intresse.
Atualmente eu desenvolvo um trabalho com jovens de ONG em SP e estamos para estrear uma performance tendo como base Fernando Pessoa.
Fui assistir TeatroOkê, com a querida atriz Vivian Bertocco, é diversão garantida no Teatro do Centro da Terra.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Feras

Feras que virão
louco coração
ainda é verão
ainda é carnaval
Se foi ou se partiu
desfez
já desandou
aquele nosso amor
ainda é verão
no Brasil
Quatro noites de folia
Para decidir
quais as dores que fariam
o nosso amor ruir
No jorro da euforia
a vida no salão
aquela fantasia
e os teus olhos
não são azuis
são negrosblues
não foi eu quem chorou
negros blues
quem chorou fui eu

Luz

A tua luz
imperfeita
aquela luz
da manhã
que ao lado
meu lado
se deita e diz
o baby sou o
teu fã,
Fique comigo
Baby
até amanhã
de manhã
e aceite os beijos
desse que é
o teu fã
me aceite o baby...

Vaza

Lá vem
Essa palavra pela boca dele dela em nós como um argumento infindo infante arrogante a palavra me vem como caldos e canticos em lavras de sons em nós,
Vem a palavra, o filho, o outro o não
e alguma poesia em nós
Presente na web
no novomar
de imagens
e blogs
ações
  • em termos
lá vem