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terça-feira, 26 de abril de 2011

MENU HOSPITALAR

Na vasilha transparente
O líquido num branco pálido
Oculta a batata e as postas de frango
Que repousam no fundo
Junto aos temperos e legumes


Uma farinha de milho em flocos
Aguarda sua vez
Assim como o vinho
Colher e a boca pra degustar



O vinho é invenção minha
E o copo dágua
Supre esquecidas necessidades

A enfermeira sorridente
Instruída pelo hospital
Imagina-me por trás da máscara
Um paciente exemplar

Mas se a sopa a minha frente
A boca oculta desta princesa
Faz-me lua imaginar
Que esteja assim sorridente
Tem-me como seu pretendente
E não custa pra num repente
Um beijo eu lhe roubar.

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